quarta-feira, 12 de maio de 2010

"e tudo parou, os ruídos, o mundo, havendo só a luz do azul"

«Todos os dias sobe ao morro mais próximo, senta nas pedras a fumar o cachimbo que ele próprio talhou em madeira dura, e espera. A passagem do cágado velho, mais velho que ele pois já lá estava quando nasceu, e o momento da paragem do tempo. É um momento doloroso, pelo medo do estranho. Apesar das décadas passadas desde a primeira vez. Mas também é um instante de beleza, pois vê o mundo parado a seus pés. Como se um gesto fosse importante, essencial, mudando a ordem das coisas. Odeia e ama esse instante e dele não pode escapar.»
Parábola do Cágado Velho, de Pepetela

3 comentários:

Vanda disse...

:) Gostei.
Bom fim-de-semana :)

Anónimo disse...

Bom dia miúda!

Teresa Hoffbauer disse...

A Parábola do Cágado Velho é uma parábola para reflectir, olhando a fotografia, que harmoniza tão bem com o tema desta parábola.

Bom fim-de-semana, amando todos os instantes vividos.

PS: Vim aqui para lhe trazer um desafio com selinho, mas parece-me, que não aceita esta espécie de brincadeiras da blogosfera, não é verdade?

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